Romaria aos mistérios do amor
Senhor, não vos credito o que vos devo?
A salvo, são, no colo de quem amo,
despeço-me das crenças em relevo?
Amálgama de mágoas? Não reclamo...
No solo mais celeste em que me atrevo,
o trevo do querer de quem me gamo.
Nos termos da mulher, por seu enlevo,
não temo se é vexame, não destramo.
Eu acho que estou certo perguntando
e, mesmo sem resposta, não estando
ao menos na metade do caminho,
coloco na berlinda o que é supremo,
aquilo que se espreme enquanto tremo
à flor de sua pele, pergaminho.
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